...amo o Tejo porque ha uma cidade grande à beira d'elle. Goso o ceu porque o vejo de um quarto andar de rua de Baixa. Nada o campo ou a natureza me pode dar que valha a majestade irregular da cidade tranquilla, sob o luar, vista da Graça ou de S. Pedro de Alcantara. Nâo ha para mim flores como, sob o sol, o colorido variadissimo de Lisboa.
A artificialidade é a maneira de gosar a naturalidade. O que gosei d'estes campos vastos, gosei-o porque aquí nâo vivo. Nâo senté a liberdade quem nunca viveu costrangido.
É na harmonía entre o natural e o artificial que consiste a naturalidade da alma humana superior.
No hay comentarios:
Publicar un comentario